Guia de Viagem às Dolomitas
- Mapa
- A melhor altura do ano para visitar as Dolomitas
- Como chegar às Dolomitas a partir de Portugal
- Quantos dias são necessários para visitar as Dolomitas?
- Como explorar e percorrer
- Onde ficar nas Dolomitas?
- Comidas típicas e onde comer
- Atividades imperdíveis nas Dolomitas
- Porque fazer um seguro de viagem
- Dicas extra para aproveitar ao máximo as Dolomitas
As Dolomitas são uma das regiões mais deslumbrantes da Itália e um dos destinos mais mágicos da Europa. Situadas no norte do país, entre o charme italiano e a alma austríaca, são um verdadeiro sonho para quem adora natureza e aventura.
🏛️ O que são e onde ficam?
As Dolomitas são uma cadeia de montanhas no norte da Itália, parte dos Alpes Italianos. O nome vem da rocha que as forma, a dolomita, responsável pela cor clara e quase prateada dos picos, que mudam de tom conforme a luz do sol.
Há milhões de anos, esse cenário dramático era, na verdade, o fundo do mar. Fósseis e conchas encontrados na região contam essa história. Com o tempo e o movimento das placas tectônicas, o mar se transformou em montanha e nasceu uma das paisagens mais impressionantes do mundo.
As Dolomitas se espalham pelas províncias de Bolzano, Trento, Belluno, Udine e Pordenone, mas é entre Bolzano e Belluno que estão as vistas mais emblemáticas.
Outro detalhe curioso: muitos lugares por aqui têm dois nomes. Isso porque Bolzano é uma província bilíngue, italiana e alemã. Até um século atrás, a região fazia parte da Áustria, e até hoje o alemão é tão falado quanto (ou mais que) o italiano.
⛅ A melhor altura do ano para visitar as Dolomitas
A melhor época depende muito do tipo de experiência que procuras: natureza, trilhas, esqui ou menos multidões.
Inverno (novembro a março)
Se o teu objetivo é esquiar, a temporada de inverno é perfeita, com destaque para áreas como Corvara in Badia, que concentra algumas das melhores pistas de esqui do país e recebe competições da Copa do Mundo de Esqui Alpino.
Verão (junho a setembro)
O verão permite trilhas tranquilas, acesso fácil aos lagos e uma frequência maior de transportes públicos entre os pontos turísticos. No entanto, esta é a altura alta, com mais turistas, preços mais elevados e alguns locais como o Lago di Braies podem perder um pouco do seu encanto devido à multidão.
Primavera e Outono (abril a junho e setembro a outubro)
Estes períodos são considerados ideais para visitar as Dolomitas se queres evitar grandes multidões e ainda desfrutar de clima ameno.
Final de abril até junho oferece paisagens floridas e trilhas abertas, enquanto meio de setembro a outubro destaca-se pelas cores do outono, transformando as montanhas numa mistura de cores como o laranja e o vermelho. Além disso, fora da época alta, a maioria dos parques de estacionamento é mais acessível e os preços de alojamento tendem a ser mais baixos.








✈️ Como chegar às Dolomitas a partir de Portugal
A região das Dolomitas não tem aeroporto próprio, então o mais prático é voar para aeroportos próximos e depois seguir de carro ou transporte público.
1. Chegada a Via Veneza
Aeroporto: Aeroporto Internacional de Veneza (Marco Polo).
Distância até Cortina d’Ampezzo: ~150 km, cerca de 2 horas de carro.
Transporte público: É possível usar FlixBus ou Cortina Express, mas a frequência não é muito alta.
2. Chegada a Via Milão
Aeroporto: Aeroporto Internacional de Milão (Malpensa ou Linate).
Distância até Cortina d’Ampezzo: ~400 km, aproximadamente 6 horas de carro.
Alternativa de transporte público: FlixBus oferece trajetos em torno de 6 horas, ou trem via Trenitalia até Bolzano (3 horas).
3. Chegada a Áustria
Se estiveres na Áustria, Bolzano está a 125 km de Innsbruck de carro (aproximadamente 2 horas) ou cerca de 1h45 de ônibus pela FlixBus. Também há ligação de comboio direta entre Innsbruck e Bolzano.
📆 Quantos dias são necessários para visitar as Dolomitas?
Para conhecer as Dolomitas, o ideal é planear pelo menos 7 dias. A região é vasta, com cerca de 200 km de leste a oeste e cheia de lagos, trilhos e cidades encantadoras.
🧗 Roteiro de 7 dias nas Dolomitas:
Se tiveres mais ou menos dias, podes ajustar: uma semana é suficiente para o essencial, enquanto 10 dias ou mais permitem explorar cada canto da região com calma, incluindo trilhos menos conhecidos e mais lagos.
🚘 Como explorar e percorrer
Alugar um carro é a opção mais prática, podes fazê-lo em cidades como Veneza, Verona, Milão ou Bolzano, todas com boas ligações aéreas e estradas diretas até às montanhas. As principais vias de acesso são a A22 (Autostrada del Brennero) e a SS51, que atravessam as zonas mais bonitas da região.
Outras alternativas:
- Viajar de autocaravana
Há parques preparados para pernoitar e serviços como o Park4Night ou o CamperContact. Este método é uma das formas preferidas dos viajantes para explorar os vales e trilhos sem pressa. Por exemplo:
- Transportes públicos
Podes apanhar um comboio até Bolzano, Trento, Dobbiaco ou Belluno e depois seguir de autocarro regional. As principais companhias são a SAD Mobilità e a Dolomiti Bus, que ligam as aldeias e parques naturais da região.
A desvantagem? Os horários variam muito consoante a estação e, no inverno, algumas rotas funcionam apenas nos fins de semana.
- Bicicleta elétrica
Há várias empresas que alugam eBikes em cidades e que liga Dobbiaco a Calalzo di Cadore. É uma forma sustentável de conhecer a região.
🏔️ Onde ficar nas Dolomitas?
Escolher onde ficar nas Dolomitas é quase tão difícil como decidir qual trilho fazer primeiro, mas o segredo está em escolher bem a base, de acordo com o tipo de viagem que queres fazer.
Se o objetivo é explorar o máximo possível e acordar todos os dias com um cenário diferente, o ideal é dividir as estadias entre duas ou três zonas principais: Val Gardena, Cortina d’Ampezzo e Alpe di Siusi.
Val Gardena
É uma das áreas mais conhecidas, perfeita para quem procura aquele mix entre montanha e conforto. As vilas de Ortisei, Santa Cristina e Selva di Val Gardena têm hotéis charmosos, spas incríveis e acesso direto aos teleféricos.
Cortina d’Ampezzo
É considerado um destino mais elegante e também mais caro. É uma boa alternativa se quiseres visitar o Lago di Sorapis, o Tre Cime di Lavaredo ou o Lago di Misurina.
Alpe di Siusi (Seiser Alm)
É uma otima opção para uma visita mais tranquila com campos verdes no verão e neve a perder de vista no inverno. É ideal para quem quer desligar do mundo, respirar ar puro e fazer caminhadas curtas entre refúgios.
Para viajantes com orçamentos mais baixos
Existe alternativas como hostels em Bolzano e Trento, parques de campismo com vistas incríveis, e até cabanas e mini chalés em plataformas o Booking.com.
Reserva com antecedência! Mesmo fora da época alta, os alojamentos mais bem localizados costumam esgotar rapidamente, especialmente os que ficam junto aos lagos mais famosos, como o Lago di Braies e o Lago di Carezza.
🍝 Comidas típicas e onde comer
Pratos obrigatórios:
- Canederli – bolinhas de pão com presunto defumado (speck), cozidas num caldo saboroso.
- Speck – o famoso presunto defumado típico do Tirol do Sul, servido em tábuas de frios, sandes ou até em massas.
- Polenta – um clássico das montanhas, servida com molho de cogumelos ou carnes.
- Gulasch – o guisado de carne com molho espesso e picante, herança da Áustria e da Hungria.
- Strudel de maçã (Apfelstrudel) – a sobremesa mais icónica da região, com maçã, canela e aquele toque crocante irresistível.
Onde comer:
- Cortina d’Ampezzo – aqui encontras desde restaurantes sofisticados a trattorias com comida caseira. O Rifugio Averau e o Baita Fraina são paragens obrigatórias para saborear pratos de montanha com vista para os picos nevados.
- Val Gardena – experimenta o Tubladel (em Ortisei), famoso pelos grelhados e ambiente acolhedor, ou o Rifugio Fermeda Hütte, perfeito para um almoço com vista surreal.
- Bolzano – ideal para provar o lado mais urbano da gastronomia tirolesa. O Hopfen & Co. serve cervejas artesanais e pratos típicos num edifício histórico incrível.
- Refúgios de montanha – ao longo dos trilhos vais encontrar pequenos chalés e rifugios que servem pratos locais simples, mas deliciosos. Nada sabe tão bem como comer uma polenta quente enquanto olhas para as montanhas douradas pelo pôr do sol.
🧗♀️ Atividades imperdíveis nas Dolomitas
As Dolomitas são um verdadeiro parque de diversões natural, um destino que parece feito à medida para quem gosta de estar em movimento.
Para os aventureiros
Caminhar pelas montanhas é uma experiência inesquecível, há trilhos para todos os níveis, desde caminhadas curtas até percursos de vários dias. A zona de Tre Cime di Lavaredo, por exemplo, é um dos locais mais icónicos para fazer trekking.
Se procuras mais adrenalina, há vias ferratas (rotas com cabos e escadas fixas nas rochas), escalada, parapente e até mountain bike em trilhos com vistas que parecem saídas de um filme.
Para quem quer relaxar
Nem tudo precisa de ser aventura. Visita o Lago di Braies ou o Lago di Carezza, onde podes simplesmente respirar fundo, desligar do mundo e deixar o tempo passar devagar.
E se quiseres uma experiência mais confortável, os teleféricos panorâmicos levam-te até aos picos mais altos sem muito esforço.
Para quem quer relaxar
Além da natureza, podes visitar aldeias típicas, participar em festivais de montanha, explorar mercados locais e descobrir tradições que misturam o espírito italiano com o toque austríaco.






🛡️ Porque fazer um seguro de viagem
Viajar para as Dolomitas é um sonho, mas mesmo os sonhos podem ter imprevistos. Um seguro de viagem é a garantia de que se alguma coisa correr mal, seja uma queda numa trilha, uma doença súbita ou até perder o teleférico, estás coberto.
Além disso, se planeias atividades de aventura, como escalada, vias ferratas ou parapente, ter um seguro adequado pode salvar-te de gastar uma pequena fortuna em cuidados médicos.
💡 Dicas extra para aproveitar ao máximo as Dolomitas
As Dolomitas são enormes, escolhe 2 ou 3 zonas principais e explora-as com calma, assim aproveitas mais e gastas menos tempo.
Mesmo no verão, podes ter sol de manhã e neve à tarde. As temperaturas variam muito com a altitude, por isso aposta em camadas.
As fontes de água potável estão por todo o lado, é só levar uma garrafa reutilizável.
Não é só pelo nascer do sol, mas também porque os locais mais populares enchem rápido.
Podem parecer caros, mas a vista que oferecem é de outro mundo. Além disso, ajudam-te a poupar tempo e energia para explorar lá em cima.
Entre pratos austríacos e italianos, há sabores únicos: canederli, polenta com queijo, strudel de maçã e vinhos locais.