As taxas Euribor são um dos fatores mais determinantes no mercado de crédito habitação em Portugal. Embora frequentemente se fale do spread como a chave para conseguir um bom negócio, a Euribor, que serve de base para a maioria dos contratos, pode ter um impacto ainda mais significativo no custo total do empréstimo.

O que é a Euribor?

A Euribor (Euro Interbank Offered Rate) é a taxa de juro média à qual os principais bancos europeus emprestam dinheiro uns aos outros no mercado interbancário. As taxas Euribor são calculadas diariamente para diferentes prazos: 1 semana, 1 mês, 3 meses, 6 meses e 12 meses. Em Portugal, as mais comuns no crédito habitação são a Euribor a 3 meses, 6 meses, e 12 meses.

Resumindo: tipos de taxas Euribor
  1. Euribor a 3 Meses: Esta é uma taxa muito usada, especialmente em contratos de crédito habitação de curto prazo ou em financiamentos mais conservadores. A taxa Euribor a 3 meses é reajustada trimestralmente, o que pode levar a variações mais frequentes na prestação mensal do crédito.
  2. Euribor a 6 Meses: Esta taxa é também bastante popular nos contratos de crédito habitação em Portugal. É ajustada semestralmente, oferecendo um pouco mais de estabilidade em comparação com a Euribor a 3 meses.
  3. Euribor a 12 Meses: Usada regularmente em contratos que priorizam a estabilidade, a taxa Euribor a 12 meses é ajustada anualmente, o que significa que as prestações se mantêm constantes por um ano antes de serem recalculadas com a nova taxa.

Como é que a Euribor afeta o teu Crédito Habitação?

A Euribor é o componente variável na taxa de juro do crédito habitação. Quando somada ao spread (a margem de lucro do banco), forma a taxa de juro total que pagarás pelo teu empréstimo. Assim, qualquer variação na Euribor terá um impacto direto no valor das tuas prestações mensais. Por exemplo, uma subida de 1% na Euribor pode significar um aumento significativo no valor mensal que pagas pelo teu crédito.

Exemplo prático:

Crédito habitação de 150.000€: Supondo uma taxa Euribor a 6 meses de 0,5% e um spread de 1%, a tua taxa de juro total seria de 1,5%. Se a Euribor subir para 1,5%, a nova taxa de juro seria de 2,5%, resultando num aumento considerável na prestação mensal.

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Euribor negativa: como funciona?

Nos últimos anos, devido a políticas monetárias expansivas do Banco Central Europeu (BCE), a Euribor chegou a valores negativos, o que foi uma situação inédita. Quando a Euribor está negativa, ela reduz a taxa de juro total que pagas, mas, na maioria dos contratos, os bancos não pagam juros aos clientes, em vez disso, a Euribor negativa é compensada pelo spread.

Impacto da Euribor negativa

Embora a Euribor negativa tenha beneficiado muitos mutuários, resultando em prestações muito baixas, ela também teve o efeito de criar uma sensação de segurança que pode ser enganosa. Com as taxas a subir novamente, os consumidores tiveram de estar preparados para um aumento nos seus custos mensais.

Previsões para a Euribor em 2024 e além

Em 2023 e 2024, verificou-se uma subida da Euribor, impulsionada pelo aumento das taxas de juro pelo BCE para combater a inflação.

Estratégias para gerir o risco da Euribor
  1. Considerar taxa fixa: Se temes aumentos na Euribor, uma solução pode ser a mudança para uma taxa fixa. Embora as taxas fixas sejam geralmente mais altas do que as variáveis, oferecem a segurança de prestações estáveis ao longo do tempo.
  2. Renegociação do crédito: Com a subida da Euribor, pode ser útil renegociar as condições do teu crédito habitação. Por vezes, é possível negociar um spread mais baixo que compense a subida da Euribor, ou até mudar para outro banco com melhores condições.
  3. Amortizações antecipadas: Se tiveres poupanças, pode ser vantajoso fazer amortizações antecipadas do crédito habitação, reduzindo o capital em dívida e, consequentemente, o impacto do aumento da Euribor.

O papel do Seguro de Vida no Crédito de Habitação

O seguro de vida crédito habitação é muitas vezes exigido pelos bancos como garantia do empréstimo. Contudo, subscrever o seguro diretamente com o banco pode não ser a opção mais vantajosa, uma vez que cada banco terá apenas uma opção, que é a da seguradora com que trabalha. A BELT permite comparar opções de seguros de vida de quase todas as seguradoras em Portugal, ajudando a encontrar soluções que podem reduzir substancialmente o custo global do crédito. 

Uma mudança para um seguro mais baixo pode resultar em poupanças significativas ao longo do prazo do empréstimo.

Euribor e a escolha da taxa: fixa vs. variável

A decisão entre taxa fixa e variável depende de diversos fatores, incluindo a tua tolerância ao risco e as previsões de evolução da Euribor. A taxa variável pode ser mais vantajosa em períodos de Euribor baixa, mas carrega consigo o risco de aumentos significativos nas prestações se esta subir.

Vantagens da taxa fixa
  • Previsibilidade: As prestações são constantes, independentemente das flutuações da Euribor.
  • Segurança: Protege contra aumentos inesperados na Euribor.
Vantagens da taxa variável
  • Potencial de poupança: Em períodos de Euribor baixa, as prestações podem ser significativamente menores.
  • Flexibilidade: A maioria dos contratos com taxa variável permite amortizações antecipadas sem penalização.
Monitorização da Euribor: ferramentas e recursos

Manter-se informado sobre a Euribor é essencial para uma boa gestão do crédito habitação. Existem várias ferramentas online que permitem acompanhar a evolução diária da Euribor e calcular o impacto de possíveis variações na tua prestação mensal.

Ferramentas úteis
  • Simuladores de Euribor online: Muitos bancos e plataformas financeiras oferecem simuladores que te permitem ver como diferentes cenários da Euribor afetariam as tuas prestações.
  • Alertas de taxas Euribor: Podes subscrever alertas que te notifiquem quando a Euribor atinge certos valores, ajudando-te a decidir quando é o momento certo para renegociar ou mudar de taxa.
Mudar de taxa: o que considerar?

Se já tens um crédito habitação com taxa variável e a Euribor está a subir, pode ser tentador mudar para uma taxa fixa. No entanto, esta decisão deve ser bem ponderada.

Custos de mudança
  • Comissões de alteração: Alguns bancos cobram comissões pela mudança de taxa variável para fixa.
  • Custo de oportunidade: Se a Euribor voltar a descer, podes acabar a pagar mais com uma taxa fixa.
Euribor e a TAEG: o que realmente importa?

Embora a Euribor seja uma parte significativa da taxa de juro, o indicador mais importante a considerar ao comparar créditos habitação é a TAEG (Taxa Anual Efetiva Global). A TAEG inclui não só os juros, mas também todos os custos associados ao crédito, como comissões e seguros, oferecendo uma visão mais completa do custo real do empréstimo.

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A Euribor no contexto atual: o que esperar?

Após um período de inflação significativa, o BCE (Banco Central Europeu) e outros bancos centrais, subiram as taxas de juro, com o objetivo de reduzir este fenómeno. Ao fazê-lo, foram registados aumentos substanciais nas prestações de créditos a taxas variáveis. Neste momento, os bancos centrais começam a dar indicações que poderão, em breve, começar a reduzir as taxas (alguns já o começaram a fazer), o que poderá indicar que o valor de empréstimos a taxas variáveis irão começar a baixar em breve.

Preparação para proteção contra Euribor alta
  • Orçamento Familiar: Revê o teu orçamento e ajusta-o para acomodar potenciais aumentos nas prestações.
  • Amortização antecipada: se possível, faz amortizações antecipadas no teu crédito habitação. Reduzir o capital em dívida pode diminuir o impacto de futuras subidas na Euribor.
  • Consultoria Financeira: Considera consultar um especialista financeiro para discutir as melhores opções de gestão do teu crédito habitação face ao aumento da Euribor.
  • Renegociar o Seguro de Vida do Crédito de Habitação: considera mudar o seguro de vida associado ao crédito habitação para uma opção mais económica, como as soluções oferecidas aqui. Isso pode ajudar-te a aliviar o impacto de um eventual aumento na prestação mensal causado pela subida da Euribor.
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